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Reflexões sobre o livro ‘ESG: O Cisne Verde e o Capitalismo de Stakeholder – A Tríade Regenerativa do Futuro Global’

Um marco se consolida com a publicação do livro ESG: Capitalismo de Stakeholder e Cisne Verde – A Tríade Regenerativa do Futuro Global publicado pela Editora Revista dos Tribunais/ Thomson Reuters, a obra tem o propósito de apresentar o contexto que movimentado o ambiente dos negócios, além de ser um tema de interesse para empresas, investidores, governos e organismos internacionais em nível global.

As transformações são rápidas, logo, esse pressuposto faz todo sentido para a gestão das organizações no olhar ESG, o que se configura no premente rompimento de paradigma aos conceitos que existiam anteriormente. A resiliência é premissa para quem desejar permanecer no mercado, isso em conjunto com a integridade e a transparência que são elementos essenciais para a prática de negócios responsáveis.

O contexto atual da sociedade, inclusive a ocorrência da pandemia, acelerou essa mudança, que já inicialmente estava sendo disseminada antes mesmo dessa crise global. Nesse prisma, se fortalece o Capitalismo de Stakeholder voltado às partes interessadas, cuja visão foi iniciada pelo Fórum Econômico Mundial.

Logo, tem-se a concepção do risco financeiro como um risco climático e a criação de valor de um capitalismo responsável e transparente. Nessa linha, encontra-se o Capitalismo Regenerativo expressado por John Fullerton e John Elkington, sendo esse último conhecido como o pai da sustentabilidade. Diversos marcos passam a deixar, ainda mais, solidificada essa perspectiva, a visão do Kofi Annan com o Pacto Global – a partir da publicação “Who Cares Wins” em 2004, além disso, a Carta aos CEOs de Larry Fink da Black Rock, a maior gestora de ativos do mundo, que colocou as diretrizes ambientais, sociais e de governança na grande pauta das organizações.

Com base nessa transmutação na perspectiva do planeta, pessoas, economia, meio ambiente e negócios que o presente livro foi dividido nos panoramas que representam o ESG, a tríade: Ambiental, Social e de Governança.

No capítulo introdutório ‘A Jornada ESG’ apresento o texto que desenvolve uma abordagem histórica do tema, ainda destaco a relevância da implementação de ‘ESG Vivo’, ou seja, efetivo nas organizações. Além disso, há uma abordagem a respeito da globalização, bem como do novo panorama do Capitalismo de Stakeholder e Regenerativo, tendo o enfoque da nova visão do mercado e das respectivas regulamentações que se encontram em andamento.

No capítulo Ambiental se evidencia a essencialidade das questões ambientais até os dias de hoje, a relevância da sustentabilidade, o cenário do Direito e Compliance Ambiental, mudanças climáticas, créditos de carbono, títulos sustentáveis, agronegócio e biodiversidade.

No capítulo Social encontra-se uma vertente que aborda acerca dos direitos humanos e fundamentais, da relação da integridade, reputação, inclusão, diversidade, equidade de gênero, sendo essa última com o propósito de destacar o papel da mulher em posições de liderança. Ademais, se dá enfoque a condução da temática nas relações de trabalho, os impactos na proteção de dados, bem como na cadeia de fornecedores e das relações de consumo.

No capítulo Governança, por sua vez, o destaque encontra-se no papel das lideranças das organizações, aos impactos aos modelos de governança e a importância da gestão voltada a uma boa estruturação da Governança Corporativa. Seguindo essa linha, se ressalta a relevância dos sistemas de integridade, do programa de compliance e a função do Compliance Officer nas frentes ESG. Além disso, se enfatiza a relação do tema com o combate a corrupção, ainda, a relação com os riscos emergentes e a perspectiva da Auditoria Interna.

Com uma visão mais regional se salientou o contexto ESG na América Latina e nos Estados Unidos.

Ademais, houve a abordagem da relevância do tema diante do Mercado de Capitais, operações de fusões e aquisições (M&A) e a agenda dos investimentos. Por fim, o capítulo se concretiza com a relação dos aspectos tributários, contratuais, bem como o enfoque na área de infraestrutura e a realidade para as pequenas e médias empresas – PMEs.

Diante do exposto, o mais relevante é que se possa ter a visão de um “ESG Vivo”, perscrutada por toda a sociedade em nível global, além das organizações e governos. Os aspectos ambientais, sociais e de governança devem ser consolidados de modo a assegurar a perenidade e sustentabilidade nas organizações.

Convida-se a todos para conhecer mais a respeito, com o desejo de que apreciem a leitura, dessa relevante obra que possui mais de 700 páginas, 42 artigos e conta com participação de mais de 50 autores entre acadêmicos e executivos que contribuem com seus conhecimentos em diversos temas relevantes no contexto ESG!

 

Publicado no Estadão em 29 de dezembro de 2021.

Link https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/reflexoes-sobre-o-livro-esg-o-cisne-verde-e-o-capitalismo-de-stakeholder-a-triade-regenerativa-do-futuro-global/

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